Samsung aposta no Exynos ou ainda joga seguro com a Qualcomm no Galaxy S26?
Rumores indicam um retorno ambicioso do Exynos 2600 à família S26, mas relatórios recentes sugerem que a Qualcomm continuará fornecendo a maior parte dos chips.
A contagem regressiva para o Unpacked 2026
Historicamente, a Samsung revela sua linha Galaxy S no início de cada ano, geralmente em janeiro. Segundo vazamentos recentes, o evento Galaxy Unpacked 2026 deve ocorrer entre o fim de fevereiro e o início de março — e é lá que a fabricante finalmente mostrará quais processadores equiparão cada modelo da nova família S26.
Isso significa que o impasse entre Exynos 2600 e Snapdragon 8 Elite Gen 5 precisa ser resolvido em breve. Até lá, a disputa entre os dois chips segue alimentando especulações, análises e uma boa dose de expectativa entre fãs e investidores.
O renascimento do Exynos?
Após algumas gerações dominadas pela Qualcomm, a Samsung parece pronta para resgatar o orgulho de fabricar seus próprios chips. O Exynos 2600 surge como símbolo dessa tentativa de retomada — e, segundo os primeiros relatórios, com números promissores.
O site 9to5Google afirma que o Exynos 2600 “é supostamente superior ao Apple A19 Pro SoC e até seis vezes mais rápido em tarefas de IA de NPU”. Já o Android Central destaca ganhos potenciais de até 75% no desempenho gráfico e 15% em performance multicore em relação ao A19 Pro.
Se esses dados se confirmarem, o salto de desempenho pode representar a reabilitação definitiva da linha Exynos — e uma ameaça concreta à hegemonia da Qualcomm no Android premium.
Qualcomm ainda no comando?
Mesmo com o entusiasmo em torno do Exynos 2600, a Qualcomm continua liderando o jogo nos bastidores. Fontes do setor, também citadas pelo 9to5Google, indicam que a empresa espera fornecer cerca de 75% dos chips da linha Galaxy S26, especialmente nos mercados mais estratégicos, como Estados Unidos, China e Japão.
Assim, a presença do Exynos deve se concentrar em Europa, Coreia do Sul e possivelmente partes da América Latina. Essa divisão regional reflete a abordagem pragmática da Samsung: diversificar a produção, mas sem comprometer a estabilidade e o desempenho nas regiões de maior competição.
Por que isso importa
1. Desempenho e eficiência
Se o Exynos 2600 realmente entregar o que prometem os benchmarks preliminares, ele pode rivalizar o Snapdragon 8 Elite Gen 5 em velocidade, IA embarcada e eficiência energética. Isso colocaria a Samsung em uma posição rara — de igual para igual com sua principal fornecedora.
2. Custos e independência
O uso do Exynos reduz a dependência externa e melhora margens de lucro, mas ainda enfrenta desafios de produção e confiabilidade térmica. A aposta é alta: um bom desempenho consolidaria a reputação da Samsung como fabricante de chips competitiva; um mau resultado poderia reabrir velhas feridas.
3. Fragmentação regional
Modelos com chips diferentes geram experiências distintas. No passado, usuários de versões Exynos reclamavam de menor autonomia e desempenho. Caso o 2600 realmente se prove superior, essa percepção pode finalmente mudar — e virar argumento de venda.
O tabuleiro estratégico
A escolha entre Exynos e Snapdragon vai além da engenharia. É também uma decisão comercial e geopolítica.
A Samsung quer reconquistar autonomia tecnológica e fortalecer seu ecossistema.
A Qualcomm luta para preservar sua liderança no segmento premium do Android.
A Apple observa, à distância, sabendo que qualquer avanço real em eficiência e IA pode diminuir a vantagem de seus chips A-series.
Essa disputa reflete o novo centro de gravidade da indústria móvel: não basta mais ser rápido — é preciso ser inteligente, eficiente e, preferencialmente, “feito em casa”.
O que esperar nas próximas semanas
Com o Galaxy Unpacked 2026 se aproximando, a definição sobre os chips da linha S26 deve acontecer muito em breve. Os principais pontos a observar são:
Anúncio oficial da divisão de chips por região, esclarecendo onde cada SoC será usado.
Benchmarks validados de unidades de pré-produção.
Demonstrações de IA embarcada, que testarão as promessas de desempenho até seis vezes maior do Exynos 2600.
Conclusão
A ideia de que o Galaxy S26 será 100% Exynos ainda soa precipitada. As evidências mais recentes apontam para um modelo híbrido, em que a Samsung busca reerguer o Exynos 2600 sem romper de vez com a Qualcomm.
Se as promessas de desempenho se confirmarem, o público pode estar prestes a testemunhar o renascimento da rivalidade Exynos vs Snapdragon — e talvez o início de uma nova era de equilíbrio entre as duas potências.




